Em Outubro de 2009, passei três semanas em Paris. Para não perder o contato com as amigas, ensaiei um Diário de Bordo que cobriu apenas parte da viagem, mas que foi o suficiente para me lançar numa vertente "literária" até então suspeitada por alguns, mas ignorada por mim. Este blog é uma tentativa de incrementar e concluir o Diário e de disponibilizá-lo para um grupo maior de leitores interessados.

quarta-feira, 3 de março de 2010

4a f., 14/Out/09: Primeira noite

Uma vez instalada e refrescada, o Carlos passou para me apanhar à noitinha para jantarmos fora. Saímos a pé por St. Germain seguindo a Rue du Bac em direção ao Blvd. St. Germain que cruzamos e seguimos até a Rue de Verneuil onde viramos à esquerda.

A intenção do Carlos era me levar ao "Le Cinq Mars" (http://www.fra.cityvox.fr/restaurants_paris/le-cinq-mars_99887/ProfilLieu) no nr. 51, um bistrô do bairro, rústico, com uma culinária "campagnarde", isto é, simples, substancial e saborosa, cuja decoração e utensílios seguiam na mesma linha: paredes com tijolo descascado aparente ou com reboco cinza claro, balcão do bar e mesinhas em madeira escura com cara de bastante usados, cumbucas e travessas rústicas em grès. Tudo isso, eu só pude ver, pois o lugar é descoladíssimo, estava absolutamente lotado e não pudemos ficar. Como não tive chance de voltar lá, o "Le Cinq" acabou entrando para minha listinha de tarefas numa próxima visita a Paris.

Foi assim que acabamos atravessando a rua e, numa escolha contrastante, fomos ao Tan Dinh(http://www.bestrestaurantsparis.com/en/restaurant-paris/detail/tan-dinh.html) no nr. 60, um delicioso restaurante vietnamita, bastante conhecido, não só por sua culinária, mas muito também, por sua carta de vinhos considerada es-pe-ta-cu-lar pelos entendidos. De entrada, há os tradicionais rolinhos de pato e, de sobremesa, algo muito exótico e típico do Vietnam, sabem... sorvetes de côco, de maracujá e de graviola! Os chefs são irmãos e o pai fica no atendimento no pequeno salão onde, ainda assim, encontramos um amigo nosso de São Paulo, Fernando, e um casal de primos dele. Brasileiro realmente está por toda parte!

Voltamos a pé - bom para fazer a digestão... - para o apartamento onde o Carlos mora, também na Rue de Varenne e pertinho do "meu", liiiiiindo, ainda melhor do que nas fotos que eu tinha visto.

De volta "em casa", ainda veio me visitar, vinda de um jantar com amigos, a Bel, minha amiga querida, brasileira de pai português e mãe francesa e que mora há anos em Paris. Ela chegou à meia-noite e saiu já eram quase duas da manhã: troca de presentes e tititi de comadres que não se falavam havia tempos...

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